sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Falando de Moda - 16/11


Coco Chanel - Jornal Tablóide




Quem nunca ouviu falar em Coco Chanel?
Uma das principais estilistas do mundo, Gabrielle Devolle Chanel, revolucionou as vestimentas femininas, libertando-nos dos vestidos pesados, volumosos e que ditavam a silhueta feminina. Introduziu no nosso guarda-roupa blazers, chapéus e calças que tinha um design mais simples, mas que revelavam o verdadeiro formato do corpo da mulher.
Chanel nasceu em 1883, aos 12 anos sua mãe faleceu ocasionando a ida da menina para o Convento, onde aprendeu a costurar e bordar, podendo aos 20 anos ser aprendiz de alfaiate durante o dia e cantora durante a noite. Uma das canções que contava, originou seu nome “Coco”.
Étienne de Balsan, amante de Coco, a levou para morar com ele em seu castelo. Lá, ela teve contato com trajes bem diferenciados, como os trajes de montaria dos cavalariços. Todo esse novo cenário inspirou a estilista a revolucionar a moda feminina trocando os volumosos e desconfortáveis vestidos por casacos de lã na altura dos quadris, tailleur em jérsei, casacos ¾ soltos e peças em flanelas.  Na década de 10, essas criações chamavam a atenção pela simplicidade de seus cortes e materiais. E veio a calhar pois com a Primeira Guerra Mundial a Europa ficou carente em matéria-prima para a produção dos antigos trajes.
Porém o talento de Chanel só se tornou público quando seu segundo amante – Capel -  levou-a para Paris e lá, abriu a estilista abriu sua chapelaria. Como não podia costurar, por causa do contrato de locação, ela investiu nos chapéus Canoiter enfeitados com fita ou renda fazendo sucesso entre as atrizes de teatro.
Em 1916, a Maison de Couture Chanel foi inaugurada e uma das Criações da artista foi publicada nas revista Harper’s Bazar que apelidou o tailleur de jérsei de “o charmoso vestido-camisa”. Seu estilo era bem mais simples que os apresentados na época sendo chamado de pobreza chic.
Na década de 20, Poiret, Vionnet e Patou se mostraram ameaça ao reinado de Chanel, que sentiu necessidade de inovar; criando assim o estilo à La garçonne introduzindo peças masculinas no guarda roupa feminino e o cabelo curto. Por causa do Príncipe Dmitri Pavovlich acrescentou bordados do folclore russo às suas criações.
Nessa mesma época, usou seu número de sorte para nomear o perfume que tornaria sua marca imortal: Chanel nº5. Contudo, na Segunda Guerra Mundial seu prestígio foi abalado quando se envolveu com um oficial alemão e fechou sua loja. Voltando apenas em 1954 quando sua Maison foi reaberta por Jackie Kennedy. Coco Chanel voltou às revistas de moda.
Em 1983, após a morte de Coco Chanel, a marca foi assumida por Karl Lagerfeld. De lá para cá, em meio a polêmicas e composições ele vem desenvolvendo um trabalho satisfatório, abriu novas lojas, lançou novos perfumes e relógios agradando o público jovem. A bolsa 2,55 retangular, de couro matelassado e alça de corrente dourada, desenvolvida pela estilista voltou à tona por releituras feitas por diversas marcas.  
O apartamento de Chanel serve de inspiração para Karl, que o mantém fechado e exclusivo para seu uso.